De gole em gole
Percorro cada viela deste plano sequencia
Germinando as cores de minhalma
desbotadas pela chuva e pelo tempo.
A cerejeira da praça não da frutos
e lamenta
suavemente
O fim de cada estação fugaz.
Descolar as lembranças de um tempo torto
É deixar que o novo vento, mais leve,
leve o vento morto.
É transformar,
em breve,
O árido infrutifero
Em evento corrente.
O eclipse se foi com a aurora
e já sem hora
se vai o sofrimento de outrora.
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