Todo dia 7 da manhã
As luzes piscam.
Essas duas luzes que iluminam o salão
Gritam cansadas o ritmo do trabalho que ja está feito.
Vai.
Corre livre pelo campo
Puxa a teta das vacas
Arde teu pelo nos corais da enseada!
Observo-te aqui de cima
Não sou Deus.
Se um segredo meu
Fizer de volta um teu
lhe digo:
Aqui em cima
O mundo
É dos números.
Aproveita a dádiva do teu olhar menino
Pois quando chega o inquilino
O demonio da luz negra
Só se faz cobrar as obras.
Ele derruba
impiedoso fugaz e fútil
Tuas lamparinas na noite escura.
Cutuca teu pé no sono
Com a caneta de escrever o mundo.
Menino
Aproveita a indecencia
Das tuas atitudes vãs
Pois um dia ao acordar
Já vais estar velho
Eu noutro lugar e tu aqui no meu
E entao vai aprender que para correr
Terá sempre de desacorrentar
As asas da tua imaginação.
Teu ar
será rarefeito.
E em brasa
Terá de ser feito
Do teu mundo
Mundo vasto mundo
Das estrelas ao último grão no chão
tua casa.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Os dois sóis
Pariam o dia largado
Através das montanhas ociosas
Enquanto os átomos estudam o bailar do vento
O éter borbulha aos olhos
De quem com os olhos acesos
Dimensionam a vida infinita
Em câmera lenta.
A umidade
Penetrante e sulfurosa
Da cidade de 2015
Imprime em face o contraste
Da cicatriz traçando as memórias
De tempora a tempora.
Atemporal e natural
É o filhote de leoas
Amadurecer com o punhal
Fincado em velhas coroas.
Pariam o dia largado
Através das montanhas ociosas
Enquanto os átomos estudam o bailar do vento
O éter borbulha aos olhos
De quem com os olhos acesos
Dimensionam a vida infinita
Em câmera lenta.
A umidade
Penetrante e sulfurosa
Da cidade de 2015
Imprime em face o contraste
Da cicatriz traçando as memórias
De tempora a tempora.
Atemporal e natural
É o filhote de leoas
Amadurecer com o punhal
Fincado em velhas coroas.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
27
na biblioteca o que toca
é o silencio turbulento
do arrítmico emocional.
calvo,
nevado
o aluno observa os livros calado.
consegue esquecer de si um minuto.
mas o torpe flerte com o saber
é acido
diante dos holofotes
se ve nu e perdido
o fluxo do rio traz sempre o dobro de sedimento de palavras perdidas.
o temerario muro do conhecimento ergue-se e instiga-lhe sussurrando um doce
"mais"
todas as estantes formam uma grande muralha.
canalha!
é um livro apenas!
com apenas um nome.
nome que lhe da as costas
e de cada poro
lhe vaza lodo.
carrega-o pra cima e pra baixo
e tudo que resta
tudo que por instinto ainda goza
é ambiguo.
"quarta dimensao de um quarto de conhecimento
onde as frações só se multiplicam
e cada palavra passa a ser fração de outra
e outra palavra apenas a fração de mais outra"
em meio a tiroteios entre livros
nomes e palavras
o estudante para e olha para cima
sao tres fileiras
de nove lampadas
grandes
iluminando o salão.
é o silencio turbulento
do arrítmico emocional.
calvo,
nevado
o aluno observa os livros calado.
consegue esquecer de si um minuto.
mas o torpe flerte com o saber
é acido
diante dos holofotes
se ve nu e perdido
o fluxo do rio traz sempre o dobro de sedimento de palavras perdidas.
o temerario muro do conhecimento ergue-se e instiga-lhe sussurrando um doce
"mais"
todas as estantes formam uma grande muralha.
canalha!
é um livro apenas!
com apenas um nome.
nome que lhe da as costas
e de cada poro
lhe vaza lodo.
carrega-o pra cima e pra baixo
e tudo que resta
tudo que por instinto ainda goza
é ambiguo.
"quarta dimensao de um quarto de conhecimento
onde as frações só se multiplicam
e cada palavra passa a ser fração de outra
e outra palavra apenas a fração de mais outra"
em meio a tiroteios entre livros
nomes e palavras
o estudante para e olha para cima
sao tres fileiras
de nove lampadas
grandes
iluminando o salão.
domingo, 1 de novembro de 2015
skynet
tempestade de areia engole a cidade.
o contorno do corpo morto,
e o dedo na cara do defunto garganteando sem parar
pintam a parede.
vazam do caixao
espiritos que cairam da cama.
"trocaram a memoria por bytes
bite me
8x8
64
"
desembarque pelas portas
que recorram ao incendio da cabala
embala o livro.
dê um mapa do nilo
para o guarda do labirinto.
"figure nas estrelas
o espaço entre aquiles e a tartaruga
mil e duzentas
milhas
de pensamento
por segundo
pra viajar em caravelas
a 9 nós nauticos
"
suicidio oval
orquestral
?
o contorno do corpo morto,
e o dedo na cara do defunto garganteando sem parar
pintam a parede.
vazam do caixao
espiritos que cairam da cama.
"trocaram a memoria por bytes
bite me
8x8
64
"
desembarque pelas portas
que recorram ao incendio da cabala
embala o livro.
dê um mapa do nilo
para o guarda do labirinto.
"figure nas estrelas
o espaço entre aquiles e a tartaruga
mil e duzentas
milhas
de pensamento
por segundo
pra viajar em caravelas
a 9 nós nauticos
"
suicidio oval
orquestral
?
sociedade do defeito
perfeito
fone nao funciona direito
musica morta em seu leito
sujeito
inquieto
espectro
sombras em forma de luz
reduz
a noite ao centro repulsivo
de tudo aquilo que nao vou mais sonhar
fone nao funciona direito
musica morta em seu leito
sujeito
inquieto
espectro
sombras em forma de luz
reduz
a noite ao centro repulsivo
de tudo aquilo que nao vou mais sonhar
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Pobre era de dinheiro, o pequeno Miguel, e rico o era de solidão. Sempre sentado as margens do roto rio Belem, cercava-se da amizade de pálidos objetos zumbi e usufruia apenas da companhia de suas lombrigas. Infinitas lombrigas, que nadavam dentro de sua imensa barriga dagua em sincronismo asco de fome amarela.
7 anos, negro, miseravel e desgraçado, cabelo sujo raspado de textura pegajosa, Miguel brincava, de pés descalsos, as margens de seu cumplice. Profano rio de merda marrom na Terra e sagrado veu branco no ceu era a pintura que arrastava aquela vagarosa tarde de Julho.
Miguel de ferias, brincava de Prometeu torturando um pequeno rato, o empurrando de volta ao lodo sufocante sempre que o pequeno clamava piedade e tentava voltar para a margem segura.
De repente, os olhos de Miguel pescam uma interessante figura sendo carregada pela correnteza do rio. Menina desistida da vida, boiava viva ou morta apoiada em lixo e consolo. Passando pelo garoto, que a fitava e sentia misto de surpresa e indiferença, causou irritação no pequeno menino que nao sabia o que fazer diante de tal situação.
De cima da ponte acompanho, invisivel para Miguel, os ultimos suspiros do rato. E quando da vista a menina se perde junto com a graça da brincadeira, ele se levanta, tenta dar uma ultima olhada na garota e vira as costas para o sinistro museu morto de sua vida. Assim, segue para casa contar a seus irmãos sobre a ratazana do rio.
7 anos, negro, miseravel e desgraçado, cabelo sujo raspado de textura pegajosa, Miguel brincava, de pés descalsos, as margens de seu cumplice. Profano rio de merda marrom na Terra e sagrado veu branco no ceu era a pintura que arrastava aquela vagarosa tarde de Julho.
Miguel de ferias, brincava de Prometeu torturando um pequeno rato, o empurrando de volta ao lodo sufocante sempre que o pequeno clamava piedade e tentava voltar para a margem segura.
De repente, os olhos de Miguel pescam uma interessante figura sendo carregada pela correnteza do rio. Menina desistida da vida, boiava viva ou morta apoiada em lixo e consolo. Passando pelo garoto, que a fitava e sentia misto de surpresa e indiferença, causou irritação no pequeno menino que nao sabia o que fazer diante de tal situação.
De cima da ponte acompanho, invisivel para Miguel, os ultimos suspiros do rato. E quando da vista a menina se perde junto com a graça da brincadeira, ele se levanta, tenta dar uma ultima olhada na garota e vira as costas para o sinistro museu morto de sua vida. Assim, segue para casa contar a seus irmãos sobre a ratazana do rio.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
"a 10 reais
o molho de pimenta
vem em 4 caixas
com 2 duzias de morango cada"
a lava que sobe pelo esôfago
é a mesma gasolina
dos tanques de combustivel
que queimam restos de
dinossauros
rugidos viscerais
correm pela minha garganta
em elevadores mesozoicos
na mesa poucas luzes
iluminam de enviazado
o segredo de contar estrelas.
o molho de pimenta
vem em 4 caixas
com 2 duzias de morango cada"
a lava que sobe pelo esôfago
é a mesma gasolina
dos tanques de combustivel
que queimam restos de
dinossauros
rugidos viscerais
correm pela minha garganta
em elevadores mesozoicos
na mesa poucas luzes
iluminam de enviazado
o segredo de contar estrelas.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
mortin mortin
tento remontar os fatos em minha cabeça
mas nao consigo.
o chao todo alagado
vazamento nas paredes
nenhum movel na casa
o piso foi substituido
por um chao de submarino
irreconhecivel
tomado de pinturas rupestres
feitas das manchas de bebidas
cinzas de cigarro
memorias arrependidas
que desmoronam do passado
como torres gemeas esguichando gritos de horror
atravessando o piso
com calor de lava.
me ausentar uns dias
fechado
recitando apenas para mim mesmo
nao deveria me dar tanto prejuizo mas agora
o mofo cresce sob o espectro da alegria do ontem
no comodo que antes costumava ser a cozinha.
a ponta de todos os meus dedos doi
e aparecem na ponta do sapato
os olhos todos
todos aqueles olhos de morcegos sangue sugas
com suas presas dentes de sabre arabe
todos a espreita torcendo que eu entrasse num beco escuro
para que pudessem sugar meu sangue como vampiros
em plena luz do dia.
mas nao!
correram de minhas estacas!
retomando a lembrança
saindo da caixa escura
chego ao quarto
onde a unica coisa que sobrou
foi uma comoda
onde guardava as meias sempre sujas
e despareadas
uma tv quebrada
passa chiando
uma lembrança travada.
cinco segundos de um assassinato
a caminhada até a vitima com punhal em maos
me faz lembrar de todos os fatos
torço para que tudo desmorone
mas nao vai.
amanha
vai tudo continuar fedendo aqui dentro
vermes da decomposição
atemporais
ó deus
onde foi que deixei meu caixao
ó morte
leva-me uma segunda vez!
mas nao consigo.
o chao todo alagado
vazamento nas paredes
nenhum movel na casa
o piso foi substituido
por um chao de submarino
irreconhecivel
tomado de pinturas rupestres
feitas das manchas de bebidas
cinzas de cigarro
memorias arrependidas
que desmoronam do passado
como torres gemeas esguichando gritos de horror
atravessando o piso
com calor de lava.
me ausentar uns dias
fechado
recitando apenas para mim mesmo
nao deveria me dar tanto prejuizo mas agora
o mofo cresce sob o espectro da alegria do ontem
no comodo que antes costumava ser a cozinha.
a ponta de todos os meus dedos doi
e aparecem na ponta do sapato
os olhos todos
todos aqueles olhos de morcegos sangue sugas
com suas presas dentes de sabre arabe
todos a espreita torcendo que eu entrasse num beco escuro
para que pudessem sugar meu sangue como vampiros
em plena luz do dia.
mas nao!
correram de minhas estacas!
retomando a lembrança
saindo da caixa escura
chego ao quarto
onde a unica coisa que sobrou
foi uma comoda
onde guardava as meias sempre sujas
e despareadas
uma tv quebrada
passa chiando
uma lembrança travada.
cinco segundos de um assassinato
a caminhada até a vitima com punhal em maos
me faz lembrar de todos os fatos
torço para que tudo desmorone
mas nao vai.
amanha
vai tudo continuar fedendo aqui dentro
vermes da decomposição
atemporais
ó deus
onde foi que deixei meu caixao
ó morte
leva-me uma segunda vez!
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
coordenadas abissais de um sabado a tarde
entrelaçam-se em minhas entranhas
os ventos derradeiros desta tarde de fim de inverno
quando o sol me esquenta na medida certa
depois de uma faminta manha
os ombros pelados de outrora
escondem-se agora em sonhos
de infinitas distancias
repousando frios e macios
atras de relva rasa
alice atrasada chega para o chá
e atrasada alice chega pra la
pois o intempere couro dos bisoes do tibet
desgasta e pinica
doce ruim com cara de porcelana
a maça verde e gorda
dança em poesia pra cá e pra lá
como concha nas ondas do mar
o vitral da memoria desgasta com o tempo.
a vida perece sobre o tecido desta plenitude toda
de apenas 3 horas
inventar o jogo do bate e rebate
de uns pés inchados pra cá e para la
descalços sujos
tem agora a ver com seus olhos desgrudando dos meus
e subindo por todas as paredes
que ainda ecoam
as vozes de teu riso
e o sal do teu mar
de teus olhos escorridos
de yin e yang
mas para toda poetica descabida
é necessario lembrar
que em todo poço sem fundo
jaz um alçapão;
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
luzes das 3 horas
Aqui bate sol uma vez por dia. Mais precisamente quando a janela do quinto andar do prédio do outro lado da rua está fechada, e quando o céu está limpo em Curitiba entre as 14:50 e 15:00.
Ainda por cima, quando a luz solar, que na verdade é a luz vinda da janela do outro prédio, consegue atravessar a vitrine suja da loja onde eu trabalho, ela chega em forma de quadrados e retângulos. É engraçado, quando não tem sol eu tenho que ligar as luzes la de trás, e tudo ganha o mesmo tom branco artificial. Hoje com esse sol, a luz da lampada fica fraca e da espaço pra vida trazida pela iluminação na poeira toda, tudo ganha uma historia e um ar de aposentado. Ganha um ar de deposito de coisas esquecidas, que pendem sempre para tons de beje. Os livros com as paginas lidas centenas e centenas de vezes, agora leem a si mesmos em voz alta, e a historia que eles contam não é a dos autores. Os livros mais chatos são os que ganham as melhores historias. Os filmes desarrumados empilhados em desordem caótica, expõem o descaso e a ingratidão com que foram assistidos e jogados de lado, mas ainda saúdam, na memoria, os sorrisos e as lagrimas de quem os viu. Os encartes dos filmes, rabugentos, destroem a si mesmos abrigando mofo, mas no final, é porque não aceitam a solidão. As mesas, a muito sem sentirem o cheiro de café fresco, de empadinha de palmito, de quindim, dormem e dormem muito, mas quase acordam quando a luz ilumina a poeira em cima delas.
São 15:05. O Sol acabou de terminar a visita. Depois de ouvir as varias historias em deleite, de parar e pensar sobre os anos sobre as horas, num tempo que parece ter passado horas e horas, relembro com prazer e frio, as historias que essa luz das 3 veio trazer.
Ainda por cima, quando a luz solar, que na verdade é a luz vinda da janela do outro prédio, consegue atravessar a vitrine suja da loja onde eu trabalho, ela chega em forma de quadrados e retângulos. É engraçado, quando não tem sol eu tenho que ligar as luzes la de trás, e tudo ganha o mesmo tom branco artificial. Hoje com esse sol, a luz da lampada fica fraca e da espaço pra vida trazida pela iluminação na poeira toda, tudo ganha uma historia e um ar de aposentado. Ganha um ar de deposito de coisas esquecidas, que pendem sempre para tons de beje. Os livros com as paginas lidas centenas e centenas de vezes, agora leem a si mesmos em voz alta, e a historia que eles contam não é a dos autores. Os livros mais chatos são os que ganham as melhores historias. Os filmes desarrumados empilhados em desordem caótica, expõem o descaso e a ingratidão com que foram assistidos e jogados de lado, mas ainda saúdam, na memoria, os sorrisos e as lagrimas de quem os viu. Os encartes dos filmes, rabugentos, destroem a si mesmos abrigando mofo, mas no final, é porque não aceitam a solidão. As mesas, a muito sem sentirem o cheiro de café fresco, de empadinha de palmito, de quindim, dormem e dormem muito, mas quase acordam quando a luz ilumina a poeira em cima delas.
São 15:05. O Sol acabou de terminar a visita. Depois de ouvir as varias historias em deleite, de parar e pensar sobre os anos sobre as horas, num tempo que parece ter passado horas e horas, relembro com prazer e frio, as historias que essa luz das 3 veio trazer.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
AI DE MIM, AI DE MIM
tome
e toma direito
pois em teu ser
nasce a sem vergonha persona
de declamar os versos
como sempre os teve.
diante da sapataria
de teus enganos
atravessou a rua e escreveu em tabuletas
o nome daquelas personas
que dia apos outro
nao significaram nada
e morreram diante de teu amago
diante de teus olhos
enegrecidos
pela simplicidade
de teus pais
obscuros olhos
que olham pra dentro das sombras
e acham luz
saida dos bosques
acende teu cigarro
e recosta-te em tua cadeira
amanha de manha
pensara sobre como nao tens
a vida em teus braços
como amamenta tua cegueira!
e tateara
desejando encontrar o langor de teu corpo
como roupa que veste a alma
fumando um charuto na esquina
em frente a casa de dalva
verde e singela
repousando a luz de vela
com'uma cama de hospital
e toma direito
pois em teu ser
nasce a sem vergonha persona
de declamar os versos
como sempre os teve.
diante da sapataria
de teus enganos
atravessou a rua e escreveu em tabuletas
o nome daquelas personas
que dia apos outro
nao significaram nada
e morreram diante de teu amago
diante de teus olhos
enegrecidos
pela simplicidade
de teus pais
obscuros olhos
que olham pra dentro das sombras
e acham luz
saida dos bosques
acende teu cigarro
e recosta-te em tua cadeira
amanha de manha
pensara sobre como nao tens
a vida em teus braços
como amamenta tua cegueira!
e tateara
desejando encontrar o langor de teu corpo
como roupa que veste a alma
fumando um charuto na esquina
em frente a casa de dalva
verde e singela
repousando a luz de vela
com'uma cama de hospital
sexta-feira, 17 de julho de 2015
vic
de manhã
poe o chapéu sem cor
escondendo a sujeira e o couro cabeludo semi careca gasto.
a ereção robotizada
dita o norte do novo dia
de mais um novo dia.
o que eu pago
pra dançar um tango
pra dançar na cama
num livro virtual
com dez anas
todas dizendo que me amam
nao sao
os 20 pratas
que eu pago
pra uma prostituta barata
chupar meus mamilos
e me tocar uma bronha
no apartamento dela tinha um cachorro
esqueletico e vira lata
devia ser viciado na droga toda
que era a vida da dona
no apartamento
os blackouts empoeirados
davam uma impressao de
um mausoleu em decadencia
e nao deixavam
muita luz entrar
depois
quando chegou perto da janela
a cara iluminada
a pele suada
os seios da face oleosos
caindo ao longo do rosto
em forma de grandes olheiras
me presentearam um sorriso desagradável e um cigarro
que gritava,
e eu gostava do que dizia,
do que pedia.
das escadas circulares
dou de cara com a vida
que penetra minha cabeça
pelos olhos
com morbidez ja conhecida
andando
um mendigo me pede dinheiro
e quando recuso
pragueja e me amaldiçoa
penso que fosse o diabo
imitando deus outra vez
lembro do cachorro da puta.
em frente
a minha padaria preferida
em um banco de cimento com um papel na mao
senta-se deprimida
uma figura semi esquecida
os olhos marejados
proclamando minha independencia
depois de tanto tempo cultivando
certa demencia.
sorrio por dentro
me afasto e
o cimento se mistura ao resto
e petrificada a deixo para tras.
nada
pro tango da ana
20 pratas
pro bebe nanar.
nada de pao pro café.
poe o chapéu sem cor
escondendo a sujeira e o couro cabeludo semi careca gasto.
a ereção robotizada
dita o norte do novo dia
de mais um novo dia.
o que eu pago
pra dançar um tango
pra dançar na cama
num livro virtual
com dez anas
todas dizendo que me amam
nao sao
os 20 pratas
que eu pago
pra uma prostituta barata
chupar meus mamilos
e me tocar uma bronha
no apartamento dela tinha um cachorro
esqueletico e vira lata
devia ser viciado na droga toda
que era a vida da dona
no apartamento
os blackouts empoeirados
davam uma impressao de
um mausoleu em decadencia
e nao deixavam
muita luz entrar
depois
quando chegou perto da janela
a cara iluminada
a pele suada
os seios da face oleosos
caindo ao longo do rosto
em forma de grandes olheiras
me presentearam um sorriso desagradável e um cigarro
que gritava,
e eu gostava do que dizia,
do que pedia.
das escadas circulares
dou de cara com a vida
que penetra minha cabeça
pelos olhos
com morbidez ja conhecida
andando
um mendigo me pede dinheiro
e quando recuso
pragueja e me amaldiçoa
penso que fosse o diabo
imitando deus outra vez
lembro do cachorro da puta.
em frente
a minha padaria preferida
em um banco de cimento com um papel na mao
senta-se deprimida
uma figura semi esquecida
os olhos marejados
proclamando minha independencia
depois de tanto tempo cultivando
certa demencia.
sorrio por dentro
me afasto e
o cimento se mistura ao resto
e petrificada a deixo para tras.
nada
pro tango da ana
20 pratas
pro bebe nanar.
nada de pao pro café.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Tela laranja
por onde a imaginação
escorre a cena
o movimento da cabeça do camaleao
atado a 4 cantos
inunda-se de cores
e me encara com olhos fundos
negros.
sem cor.
cactus verde
cresce
paralelo
o filho prodigo retorna em direção a mãe quimera
o tentaculo vai a boca
e os olhos giram em espiral
como numa escada rolante
desliza a paisagem
borra as linhas tortas
os traços do diario ja nem sao mais retos
sao curvas que sobem e descem
vem e voltam
vem e voltam
vem
e voltam;
vem e voltam
vem
e voltam;
sexta-feira, 26 de junho de 2015
para festar e bailar no subsolo
Mando teu convite apenas
com estas observações
para que se vier
venha com o que me prometeste;
traga-me tua pitada de sarcasmo
e um pouco daquele molho de pimentas
cultivadas e preparadas no mais escuro
do teu ser.
traga também um pouco do suor do medo
do repudio baixo
e das vestes negras que usou no velório de teu pai;
traga teus filhos ensacados em ilusão
cheirosos e belos
enfadonhos como o inferno;
traga-me um pouco de tudo
para que possamos cozinhar
uma sopa de condolências amargas
que ficará para sempre apodrecendo no amago dos perfeitos
dos malditos benfeitores
que lamentarão nossa morte
comemorando em tons discretos
em suas casas!
apressa-te!
da-me de comer!
e após nosso roto funeral
alegra-te
pois na morte
nao há mais vida.
com estas observações
para que se vier
venha com o que me prometeste;
traga-me tua pitada de sarcasmo
e um pouco daquele molho de pimentas
cultivadas e preparadas no mais escuro
do teu ser.
traga também um pouco do suor do medo
do repudio baixo
e das vestes negras que usou no velório de teu pai;
traga teus filhos ensacados em ilusão
cheirosos e belos
enfadonhos como o inferno;
traga-me um pouco de tudo
para que possamos cozinhar
uma sopa de condolências amargas
que ficará para sempre apodrecendo no amago dos perfeitos
dos malditos benfeitores
que lamentarão nossa morte
comemorando em tons discretos
em suas casas!
apressa-te!
da-me de comer!
e após nosso roto funeral
alegra-te
pois na morte
nao há mais vida.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
como me doi!
caço poemas
nos olhos de cada um
e com olhos de profeta
a reza incerta
me traz em festa
os versos a sorrir
descubro-os
trazidos pelos ventos nas arvores
presos em flores perto da tua janela
numa segunda de tarde quente
descubro depois de pisar numa poça
um verso grudado embaixo do sapato
na chuva que roça
e coça
no inicio do inverno
descubro ao ver um sapo
que sem ser passaro
canta para lua
escondido
perto dos rios
descubro vasculhando os cantos da alma
indo de memoria em memoria
pelos versos que ja vivi
pelos quais muitas vezes morri
as vezes de azul vazio
cubro-me em tristezas
as quais apesar da incerteza
vale a pena olhar
as frustrações
sao os versos de um poema humano
romantico e escorrido
de todo visceral
e agora acho versos
em teus olhos cor de musgo
tom rubro profundo
em si natural
cuidado jovemzinho!
nao vá por essas de viver nas florestas deste mundo
e em si mesmo se perder
ai quantos versos inversos!
sábado, 13 de junho de 2015
A vida
Tem olhos de bruxa.
E assim como joao
voce é alimentado até estar gordo o bastante.
entao a bruxa corta seus dois braços
suas duas pernas
sua cabeça
suas tetas
o pau,
se tiver
e o espirito,
se tiver.
ai ela te joga na porta de alguem
todos os pedaços juntos
e o lixeiro para a transa
para atender a campainha
ele varre seus pedaços
com nojo
pra debaixo do carpete
agora voce vive entre ratos
e nao entende a vida
e de repente sente
que a bruxa e o lixeiro trepam novamente;
eles deitam com esmero
em cima do carpete
e começam a foder incessantemente
o desespero te faz virar
um verme
a rastejar
a desejar
a invejar
um peixe ou escorpiao
isso nao importa mais
da panela a janela
a vista é a mesma
um monte de merda
pro jantar
tela revela vela dalma
as luzes iam subindo
anonimas
de cada carro na estrada.
a vista privilegiada
me lembrou diversas lamparinas vermelhas de natal.
um jardim de amoras luminosas!
muros e cercas compridos
e a fumaça sufocante
do cigarro alheio
o trompete dos anjos
abre a porta do escritorio!
vou direto a fotocopiadora
copio uns versos
me acho no tempo
me perco no tempo
nem tenho mais tempo.
eu perdi a estrada "
e agora me vejo cercado de lamparinas luminosas
fumaças sulforosas.
novamente
me vejo em cima do viaduto
no onibus
minha vista privilegiada
quando vejo esta tela
tudo se apaga
tudo
se arte.
desfaleço
convencido pelo ambiente
a dissipar e desistir
para que tudo enfim
possa coexistir
anonimas
de cada carro na estrada.
a vista privilegiada
me lembrou diversas lamparinas vermelhas de natal.
um jardim de amoras luminosas!
muros e cercas compridos
e a fumaça sufocante
do cigarro alheio
o trompete dos anjos
abre a porta do escritorio!
vou direto a fotocopiadora
copio uns versos
me acho no tempo
me perco no tempo
nem tenho mais tempo.
eu perdi a estrada "
e agora me vejo cercado de lamparinas luminosas
fumaças sulforosas.
novamente
me vejo em cima do viaduto
no onibus
minha vista privilegiada
quando vejo esta tela
tudo se apaga
tudo
se arte.
desfaleço
convencido pelo ambiente
a dissipar e desistir
para que tudo enfim
possa coexistir
sexta-feira, 12 de junho de 2015
poesia do recalque
o mel escorre infame
e toda a atenção preferida
é destinada ao escarro
cinco tragos de amor
fedem ao mais vagabundo dos charutos
falso e ardido diretamente do paraguai
a escuridao revela o tedio e o sono
e nem nessa noite de distancias
se faz o velho amor novo
restos de luz e de sombras
intangiveis no cemiterio das lembranças.
e em tom morbido
o vento uivará mantras de saudosismo
brindemos
a decadencia ingenua irmaos!
brindemos ao dinheiro mais bem gasto
brindemos a doação de orgaos latejando de vida
brindemos!
e sequemos as taças uns dos outros!
e toda a atenção preferida
é destinada ao escarro
cinco tragos de amor
fedem ao mais vagabundo dos charutos
falso e ardido diretamente do paraguai
a escuridao revela o tedio e o sono
e nem nessa noite de distancias
se faz o velho amor novo
restos de luz e de sombras
intangiveis no cemiterio das lembranças.
e em tom morbido
o vento uivará mantras de saudosismo
brindemos
a decadencia ingenua irmaos!
brindemos ao dinheiro mais bem gasto
brindemos a doação de orgaos latejando de vida
brindemos!
e sequemos as taças uns dos outros!
do bueiro vaza o cheiro de cana podre
digerida.
os restos de mendigo estaticos
servem de adubo
para novas flores
a chuva escorre pelo vao meio fio.
o caminhao passa e espirra agua pra todo lado
a velha se molha
e suspira com olhar vago
semibreve e acustico
as saias e os sapatos apressados
juntos as calças
e sobretudos marrons
passam pela minha vitrine
fazendo a primeira sinfonia urbana
da minha ultima tarde insana
digerida.
os restos de mendigo estaticos
servem de adubo
para novas flores
a chuva escorre pelo vao meio fio.
o caminhao passa e espirra agua pra todo lado
a velha se molha
e suspira com olhar vago
semibreve e acustico
as saias e os sapatos apressados
juntos as calças
e sobretudos marrons
passam pela minha vitrine
fazendo a primeira sinfonia urbana
da minha ultima tarde insana
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Assombra
é nas cabanas de sombra
sob os tecidos de veludo violeta
que minha criança tem suas primeiras experiencias
(com o calor e a escuridao do inferno.)
é nas cabanas de sombra
sob os tecidos de veludo negro
que jaz o coração gelido de cristal
(pertencente apenas aos que a alma chegou ao beco sem saida.)
é nas cabanas de sombra
sob os tecidos de veludo verde
que surge o primeiro musgo
(e as primeiras enfermidades do espirito.)
a criança nao tem medo.
com inocencia vibrante
marcha em engatinhar lento
até o predador sujo
o sino da peste soa
SOA
E SOA.
entao tudo jaz em inconformidade.
jaz em silencio.
a criança agora implora
a criança agora catatonica
a criança agora teme.
tudo para.
os ventos cessam de soprar
tudo fica inerte em temperatura ambiente
as flores nao sorriem mais
as abelhas junto as formigas tiram uma folga e observam de longe
os animais ja nem mais respiram.
é no limiar da vida
que a criança
ve com os olhos de adulto.
sob os tecidos de veludo violeta
que minha criança tem suas primeiras experiencias
(com o calor e a escuridao do inferno.)
é nas cabanas de sombra
sob os tecidos de veludo negro
que jaz o coração gelido de cristal
(pertencente apenas aos que a alma chegou ao beco sem saida.)
é nas cabanas de sombra
sob os tecidos de veludo verde
que surge o primeiro musgo
(e as primeiras enfermidades do espirito.)
a criança nao tem medo.
com inocencia vibrante
marcha em engatinhar lento
até o predador sujo
o sino da peste soa
SOA
E SOA.
entao tudo jaz em inconformidade.
jaz em silencio.
a criança agora implora
a criança agora catatonica
a criança agora teme.
tudo para.
os ventos cessam de soprar
tudo fica inerte em temperatura ambiente
as flores nao sorriem mais
as abelhas junto as formigas tiram uma folga e observam de longe
os animais ja nem mais respiram.
é no limiar da vida
que a criança
ve com os olhos de adulto.
terça-feira, 19 de maio de 2015
A NOITE O UNIVERSO EMANA
O PINGENTE DA VIDA
A MATRIZ CONTEMPORANEA
ESQUIZOFRENICA
EMANA ENERGIA DA FONTE RADIALIZADORA
A MAQUINA NAO PODE PARAR
NAO FECHE OS OLHOS NAO DESCANSE
OS PASSARINHOS JA VEM E SUA VISAO
ESTÁ ALEM DO ALCANCE
NAO SE PRENDA NAO IMITE
NAO HÁ LIMITE
SE FITE LONGE NO HORIZONTE TAO BREVE E INALCANÇAVEL
TAO PROXIMO
EXPLODA EM RODOPIOS ELETRICOS
E SUBITAS QUEDAS CADAVERICAS
AS ESTRELAS BRILHAM AO TEU LADO
JOVEM COMPOSITOR DO ETER
segunda-feira, 18 de maio de 2015
devaneio em espiral
A angustia e a ansiedade sao visiveis em seus gestos tremulos evasivos
agora no terceiro outono
estação jocosa das folhas que caem e voam desprendidas pelos ares
voce nao mais invade pela penetração limpida dos olhos
teus olhos de carvalho vagam
desprendidos como folhas de um outono diferente
e neste terceiro ciclo
todas as outras estações caem
em rodopios infinitos
no abismo cavado com esmero
como folhas desprendidas
em um outono diferente;
agora no terceiro outono
estação jocosa das folhas que caem e voam desprendidas pelos ares
voce nao mais invade pela penetração limpida dos olhos
teus olhos de carvalho vagam
desprendidos como folhas de um outono diferente
e neste terceiro ciclo
todas as outras estações caem
em rodopios infinitos
no abismo cavado com esmero
como folhas desprendidas
em um outono diferente;
sexta-feira, 10 de abril de 2015
De semblante surrado e cara amassada, meu café da manha é um pouco de humilhação matinal. Deveria voltar para aqueles tempos em que meu café da manha era um leite com biscoitos. Cutuco a angustia com vara curta e a ferida torna a abrir. Meu dia ja começa capenga, como um mendigo. Ninguem gosta de mendigos.
sexta-feira, 20 de março de 2015
Sobre o que se gosta de escrever.
Essas coisas me atingem de modo estranho. Consigo me lembrar perfeitamente de como era sua voz, sua risada solitaria na sala de aula, as perguntas cretinas procurando algum sentido na existencia, mas nada disso, absolutamente nada disso, me faz sentir triste. O dia parece mais funebre e eu acho que combina. A unica coisa que ecoa na minha cabeça é: ele se matou.
Eu nao preciso saber do motivo. Ninguem deve ousar pensar no motivo. Seria um insulto. Convivi com ele tres anos e tres anos com uma pessoa é mais que o suficiente para quando uma coisa estupida dessas acontece voce saber o motivo. Merda. Todo mundo foi o motivo. A sinceridade exasperada e esperançosa. A falsa identidade arrogante.
Todo mundo pensa em fazer isso em algum momento da vida. Mas o que leva uma pessoa a fazer isso mesmo, a pendurar a corda friamente no chuveiro, posicionar o banquinho, subir nele, cuidar para nao cair antes da hora, ai entao escrever com um lapis na boca e a cabeça enfiada no hall do inferno o nome no topo da lista da morte. Merda.
Monto o lixo todo em minha cabeça. Ele tava ouvindo musica? Aquela bosta de melodico dos anos 70 que ele costumava ouvir enquanto estudava? Corpo frio ou corpo quente? Que cor ele ficou depois? Ele se livrou daquela garota? Daquela maldição?
E se no ultimo segundo, se um segundo antes do estrangulamento final ele tivesse achado a solução, o sentido pra tudo, e nisso precisasse de mais um segundo para se desvencilhar da corda, cair de costela no banquinho, se arrastar ao canto do banheiro, ligar o chuveiro e ficar la. Pensando numa solução nova. Naquela que ele enxergou nos olhos da morte. Se tivesse dado tempo, eu nao estaria aqui escrevendo. O tempo estraga muita coisa. O tempo é um desperdício de tempo, e tem coisas que a alma pede que o corpo nao pode dar.
Eu nao preciso saber do motivo. Ninguem deve ousar pensar no motivo. Seria um insulto. Convivi com ele tres anos e tres anos com uma pessoa é mais que o suficiente para quando uma coisa estupida dessas acontece voce saber o motivo. Merda. Todo mundo foi o motivo. A sinceridade exasperada e esperançosa. A falsa identidade arrogante.
Todo mundo pensa em fazer isso em algum momento da vida. Mas o que leva uma pessoa a fazer isso mesmo, a pendurar a corda friamente no chuveiro, posicionar o banquinho, subir nele, cuidar para nao cair antes da hora, ai entao escrever com um lapis na boca e a cabeça enfiada no hall do inferno o nome no topo da lista da morte. Merda.
Monto o lixo todo em minha cabeça. Ele tava ouvindo musica? Aquela bosta de melodico dos anos 70 que ele costumava ouvir enquanto estudava? Corpo frio ou corpo quente? Que cor ele ficou depois? Ele se livrou daquela garota? Daquela maldição?
E se no ultimo segundo, se um segundo antes do estrangulamento final ele tivesse achado a solução, o sentido pra tudo, e nisso precisasse de mais um segundo para se desvencilhar da corda, cair de costela no banquinho, se arrastar ao canto do banheiro, ligar o chuveiro e ficar la. Pensando numa solução nova. Naquela que ele enxergou nos olhos da morte. Se tivesse dado tempo, eu nao estaria aqui escrevendo. O tempo estraga muita coisa. O tempo é um desperdício de tempo, e tem coisas que a alma pede que o corpo nao pode dar.
de olhos meio melancolicos
observo tua paixao por tudo
de modo que nao me ves
nao me sentes
sentes medo
e sentes fervor
de olhos meio melancolicos
vestes a alegria
expira a poesia.
como alguem que afogado
buscas um pouco de ar
mas nao ve a maravilha doscorais
e observo com melancolia
tua alma semi serrada
meio melancolica.
observo tua paixao por tudo
de modo que nao me ves
nao me sentes
sentes medo
e sentes fervor
de olhos meio melancolicos
vestes a alegria
expira a poesia.
como alguem que afogado
buscas um pouco de ar
mas nao ve a maravilha doscorais
e observo com melancolia
tua alma semi serrada
meio melancolica.
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