Todo dia 7 da manhã
As luzes piscam.
Essas duas luzes que iluminam o salão
Gritam cansadas o ritmo do trabalho que ja está feito.
Vai.
Corre livre pelo campo
Puxa a teta das vacas
Arde teu pelo nos corais da enseada!
Observo-te aqui de cima
Não sou Deus.
Se um segredo meu
Fizer de volta um teu
lhe digo:
Aqui em cima
O mundo
É dos números.
Aproveita a dádiva do teu olhar menino
Pois quando chega o inquilino
O demonio da luz negra
Só se faz cobrar as obras.
Ele derruba
impiedoso fugaz e fútil
Tuas lamparinas na noite escura.
Cutuca teu pé no sono
Com a caneta de escrever o mundo.
Menino
Aproveita a indecencia
Das tuas atitudes vãs
Pois um dia ao acordar
Já vais estar velho
Eu noutro lugar e tu aqui no meu
E entao vai aprender que para correr
Terá sempre de desacorrentar
As asas da tua imaginação.
Teu ar
será rarefeito.
E em brasa
Terá de ser feito
Do teu mundo
Mundo vasto mundo
Das estrelas ao último grão no chão
tua casa.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Os dois sóis
Pariam o dia largado
Através das montanhas ociosas
Enquanto os átomos estudam o bailar do vento
O éter borbulha aos olhos
De quem com os olhos acesos
Dimensionam a vida infinita
Em câmera lenta.
A umidade
Penetrante e sulfurosa
Da cidade de 2015
Imprime em face o contraste
Da cicatriz traçando as memórias
De tempora a tempora.
Atemporal e natural
É o filhote de leoas
Amadurecer com o punhal
Fincado em velhas coroas.
Pariam o dia largado
Através das montanhas ociosas
Enquanto os átomos estudam o bailar do vento
O éter borbulha aos olhos
De quem com os olhos acesos
Dimensionam a vida infinita
Em câmera lenta.
A umidade
Penetrante e sulfurosa
Da cidade de 2015
Imprime em face o contraste
Da cicatriz traçando as memórias
De tempora a tempora.
Atemporal e natural
É o filhote de leoas
Amadurecer com o punhal
Fincado em velhas coroas.
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