segunda-feira, 18 de novembro de 2013

serela

Era uma noite fria
meu barco navegando
lentamente
sobre o oceano

quando no ceu
de repente
algo pouco natural ofuscou a visao do marujos

todos estremeceram
a visao do leu
pensaram Frigga ou Morrigan
pois dois olhos
brilhavam
serenos e poderosos
maternos acolhedores de estrelas cadentes
no ceu

uma musa
bela musa
fez-se entao na calmaria do mar
e com seus cabelos
começou a dançar.

as ondas entrelaçavam seus braços
filetes de agua salgada
penteavam seus cabelos

o mar começou a cantar
seus movimentos
sua sintonia
suas maos
pareciam controlar o oceano.

no barco silencio
extase dos marujos
até que

sucumbiu o primeiro homem
que ousou nadar
para tocar a deusa encantadora

seu capitao
valente glork
deu a ordem a berros desesperados
para que navegassem no sentido contrario

pois diante de seus olhos
impunha-se uma sereia.

a sua pele mistica
de galaxias
cabelos negros
e sombrancelhas poderosas
fez o pobre marujo

se afogar

logo entao seus movimentos aumentaram
o grito dos homens tambem
eram nitidas suas preces a Tyr

seu olhar com pena e descaso
com cheiro de destino
e obstinação
seus braços
agora

agressivos e encantadores
dançaram aquela noite
e sobre o ceu negro
mataram.

Ao fim
melodia serena para a lua
de uma harpa de corais
cantando em um mar calmo
pele agora branca
azul pelo luar
com sorriso malefico

com orgulho de sua magia
sobre aqueles que ante ela
sucumbiram.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Da saga de um sapateiro reflexivo
eis que a escassez
do surgimento de um proposito
o encontra
na forma de um veiculo
de quatro rodas
altamente pesado
luminoso
e rapido.

a morte toma a forma do seu tempo.
Um dia saiu
tentou encontrar no canto do vento nas arvores
sons para seu desespero
trágicamente
conseguiu.
aterrorizado
avistou o ceu vermelho noturno

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ele costumava sentar-se
todas as noites
a janela
para observar o ceu avermelhado
até que as estrelas o envelhecessem
e ele soltasse um suspiro cansado
mutilado
um grunhido
e fosse deitar.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

seria eu talvez um adjunto complexo de uma segurança onde o que está mais para o por que do que para o ser

Distrair.
Des-trair.

Talvez desviar minha atenção
desse abismo profundo.
Da queda em que vento
passa zunindo meu rosto
de olhos semi cerrados
semi esperançosos.

vejo chuva caindo.
inclino-me para atingir a mesma velocidade das gotas.
é incrivel a beleza.
essa chuva nao tem som
pois nao bate em chao nenhum

mas ao mesmo tempo tem
tem som das ninfas
na floresta
consegue as escutar?
cantando
graciosas

essa chuva tem...
tem varias cores.
azul amarelo
anil
lilas...
as cores que eu desejar

tudo é possivel no cair da alma.

Distração.
Des-tração.

Do atrito deste ar molhado.
dessa escuridao que me acorrenta.
talvez pensar num paraquedas.
sim.
seria bom.

ou... ou uma ave!
um esquilo voador quem sabe
sempre os achei distintos

posso tambem ser uma gota da chuva
de qualquer maneira caio de saudade
de minha mae nuvem
de minhas amigas gotas...
caio em um lago.

meu lago de possibilidades
que talvez seja... ou que sou...
talvez fosse....
espera acho que sou...
acho que sou..!
na verdade sou ora bolas!
sou!
logo sou!