domingo, 31 de julho de 2016

em noites enevoadas
no boqueirao
paisagens transformam-se em sombras e vibrações
enquanto o acelerado compasso do coração enfermo
pulsa como se fosse a última vez!

um traço...
um risco -!
ou outro vulto meio torto,
impulsionam a velocidade de meus movimentos.

não sei o que encontrarei a minha frente
tenho medo e quando decido não voltar
minha marcha torna-se aos poucos funebre
e o estomago acido
desvia o olhar afiado.

mas olhar para trás: jamais!
infesto o véu da noite
com a dança funesta de meus passos
mas olhar para trás nunca!
 todos sabem
que para trás
deixamos tudo que tinha de passar.

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